Ainda durante o período tzarista, diretores adaptaram obras de autores clássicos comoTolstói, Dostoiévski e Puchkin para as telas, criando os primórdios do cinema russo.
O Cinema da Rússia é um dos mais antigos e importantes da História desse meio. Diretores russos como Serguei Eisenstein e Dziga Vertov foram pioneiros da linguagem, da teoria e da estética cinematográfica, sugerindo e definindo padrões que influenciaram realizadores no mundo todo.
Logo após a Revolução de 1917, o novo governo bolchevique deu grande incentivo às produções cinematográficas por considerá-las peças estratégicas para propaganda ideológica. Assim, obras que exaltassem a força e o heroísmo do povo russo eram estimuladas, financiadas e amplamente distribuídas pelo Estado.
São dessa época as obras-primas de Eisenstein: "Encouraçado Potemkin" (Potyomkin, em russo), "Outubro", e "A Greve". Mais tarde, Eisenstein ainda realizaria "Alexandre Nevski" e faria parte da trilogia "Ivan, o Terrível" e de "Que Viva México!", ambos, inacabados.
Vertov teve importância também nos anos 20 e 30 por lançar um manifesto pelo "purismo" no Cinema, Kino-Glaz (Cinema-Olho), e criou experimentações com filmes como "O Homem Com a Câmera de Filmar".
Nas décadas de 60 e 70, durante o período do chamado "Degelo", o cineasta Andrei Tarkóvski criou grandes inovações de linguagem e estética em filmes como "Nostalgia", "Andrei Rubliov", "Stalker" e "Solaris".
O filme "A Pequena Vera" fez sucesso nos anos 80 mostrando o cotidiano dos jovens do interior da URSS, envolvidos com problemas de violência e drogas (principalmente alcoolismo) tanto quanto os ocidentais.
Com a Perestroika e a derrocada do regime soviético, cineastas reacionários como Nikita Mikhalkov ganharam espaço, com produções críticas ao regime, como "Olhos Negros", "Anna dos 6 aos 18" e "O Sol Enganador"Alguns filmes russos atuais:
Vozvrashcheniye (2003) – O Retorno — Drama, onde dois irmãos reencontram-se com o pai, depois da ausência do mesmo por vários anos.
Svadba (2000) – As Bodas — Comédia (com um pouco de drama) que expõe diversos problemas da sociedade russa (que não parece muito diferente da brasileira), com uma pitada de drama.
Anna: Ot shesti do vosemnadtsati (1993) – Anna: dos 6 aos 18 — Documentário que mostra a vida de uma menina durante vários anos, e que ao mesmo tempo é uma dura crítica aos regimes de governo que passaram pela Rússia.
Nochnoy dozor (2004) – Guardiões da Noite — O primeiro de uma série de três filmes (ou seriam quatro?) de ficção que mostram a luta entre gêneros opostos de pessoas com poderes sobrenaturais. O terceiro deverá ser lançado em 2009. O quarto (Posledniy Dozor) ainda não possui data definida, sendo que o livro ainda não foi lançado fora da Rússia.
A Rússia pelo Cinema Russo
Depois da queda de Bizâncio a Rússia passou a carregar o fardo da Ortodoxia sozinha. Aceitou esse fardo como se de um destino divino se tratasse e acreditou que tudo não passava de uma prova enquanto o futuro esplendoroso ou o reino de Deus não vinham. Era uma questão de esperar.
Na realidade o período de espera transformou-se numa época de decisões e convulsões sociais. O fardo revelou-se bem pesado. No início do século XX deu-se uma revolução na Rússia. A utopia comunista era muito semelhante ao tão ansiado reino da verdade e da justiça, e provocou um entusiasmo célere na alma russa. Em toda a história do historial russo esta era a primeira tentativa para o experimentar na vida real.
A Vida
A vida na Rússia, nos anos 20, era absolutamente normal. A revolução e a guerra civil tinham terminado. As pessoas trabalhavam e divertiam-se pacatamente. A vida prosseguia, igual a si mesma, e as pessoas continuavam a ser pessoas na vida real desprotegida, incontornável e frágil e bastante alheada do mundo das grandes ideologias. O trabalho, na cidade e no campo, a praia, os piqueniques, os cafés, as conversas entre amigos... A força de uma realidade como esta reside na sua fraqueza. É uma realidade absurda, desprovida de significado e cómica mas, ao mesmo tempo indestrutível e omnipresente. Parece absorver qualquer ideia com toda a facilidade com o mero intuito de a reduzir imediatamente a cinzas.
Até o cinema e as artes deste período estão desprovidas de qualquer sentido específico e exprimem muito simplesmente aquilo que mostram: a praia, os piqueniques, os cafés e as conversas entre amigos... É nisto que reside toda a essência do cinema russo de então.
O primado da realidade sobre a abstração era irrefutável para muitos dos grandes mestres do cinema, italianos, franceses e checos, por exemplo. Mas os cineastas russos revolucionários não lhe reconheciam validade. Nos anos 20 a União Soviética produziu inúmeros filmes que retratavam a vida quotidiana. Significativamente, a maioria deles eram comédias. Secretamente prevalecia a noção de que a realidade não merecia ser debatida a sério. Na melhor das hipóteses estava condenada a ser uma mera fonte de diversão. Filmes agradáveis, atraentes e com humor.
Mas o cinema russo tornou-se célebre graças a filmes e artistas muito diferentes e a ideias bastante distintas, tal como na sua literatura. O desígnio do novo cinema russo não era divertir as pessoas, o seu objectivo era mudar o mundo. Para esse fim inventou a sua própria realidade, bem como um passado e um futuro particulares.
O Passado
Para mudar este mundo era necessário demonstrar que ele era mau. Nos filmes épicos de Alexander Dorchenko, Sergei Einsenstein e Zevolov Pudovkin, o passado foi transformado num pesadelo. Era este imagem que facilitava - ao artista e aos espectadores - aspirar a um mundo novo.
Se o passado é um pesadelo terrível, então o futuro esplendoroso torna-se mais brilhante e belo, um futuro que, por enquanto, pode ser vislumbrado apenas em sonhos.
O Sonho
Uma das lendas russas mais conhecidas fala-nos de uma cidade que se situa sobre as águas de um lago e é habitada pelos justos. Afundou-se sob as ondas durante um período conturbado e irá emergir à superfície quando o reino de Deus fôr fundado. Os comunistas russos exprimiam-se exactamente nos mesmos termos que esta lenda. A única diferença era a de designarem o reino de Deus por futuro esplendoroso.
Esse futuro irá acontecer de certeza, o trabalho facilitado, as sementeiras abundantes, a alegria das pessoas... O futuro esplendoroso aproxima-se. Surgirá por si e sem aviso, a única coisa que temos de fazer é arranjar-lhe espaço livre, afastar rapidamente os escolhos. Extinguir a realidade abominável e destruí-la.
Destruição
Realizadores que filmavam avidamente cenas de orgia de destruição ficavam igualmente fascinados com a beleza eterna do mundo. Esta vida é tão boa que a única coisa que resta é morrer. depois da beleza da mãe natureza a existência quotidiana na terra parece quase ofensiva. O ideal russo não aceita, não ama, não dá valor à vida do dia-a-dia. A vida privada, a família, o amor entre um homem e uma mulher... nada disto é abrangido pelos limites do ideal russo. Ele não atribui a menor importância a personalidades individuais. O indivíduo só tem um caminho a seguir: o caminho do sacrifício.
Sacríficio
Está escrito na Bíblia que uma semente que cai à terra tem que perecer se se destina a dar fruto. Nos filmes russos grandiosos o tema do sacrifício convém a um sentido religioso: o herói morre serenamente cosciente e com dignidade pela causa do futuro esplendoroso. Não se trata de um adeus para sempre. No outro mundo, os mártires despertarão, por isso a sua derradeira viagem é tão exultante como os feitos heróicos que realizaram. É como se os bolcheviques fossem Cristo no deserto. O ideal russo é, antes de mais nada, uma concepção religiosa.
A Nova Religião
A Rússia não chegou a ser uma nação burguesa. Isto porque a Rússia nunca deixou de ser cristã ortodoxa, mesmo no maior auge do Estado dito comunista. Os russos sempre tiveram dúvidas quanto a acumular riqueza e ficar confortavelmente instalados na vida. Sempre houve o sentimento de que uma existência ordenada neste mundo era algo para pessoas pérfidas que tinham abandonado a verdade de cristo, ao passo que as pessoas boas aguardavam a segunda vinda e o reino de Deus.
Entre a gente comum, aqueles que buscavam a verdade de Deus queriam que a realidade correspondesse ao cristianismo. Não aceitavam nenhum compromisso para se adaptarem às leis deste mundo. O povo russo concebia a passagem pela vida como um caminho de um viajante e um meio de fugir ao mundo real. Os ocidentais sempre consideraram isso como a barbárie. O povo russo fez todos os esforços para tentar conseguir a salvação de todos. Para a mentalidade russa, a salvação individual é impossível. Só podemos ser salvos em conjunto.
Mais nenhuma cinematografia do mundo foi tão iconoclasta como a soviética em finais dos anos 20 e princípios dos 30. O ateísmo militante deste país tocou as raias da blasfémia e, no entanto, nenhum outro cinema foi tão religioso como o soviético. O povo russo acreditou rapidamente na utopia comunista. Aqui estava finalmente o caminho que iria conduzir, quase da noite para o dia ao futuro esplendoroso. A bandeira e a estrela tornaram-se os novos símbolos de fé. As pessoas acreditavam tanto no comunismo como no advento do reino de Deus.
A substituição dos ícones sagrados pelos do comunismo não se trata de uma blasfémia, antes da introdução de uma nova religião. O cinema russo desse período insinuava provocatoriamente que o reino de Deus já fora fundado na terra.
O Reino
O ideal russo não reconhece o Estado, não está interessado em nações, fronteiras, nem no poder dos governantes terrenos, não busca nenhum reino a não ser o reino de Deus. O Estado, fazendo parte da realidade e sendo em si mesmo uma grande fatia dessa realidade tem de ser abolido e aniquilado. Mas o ideal russo sempre teve propensão para a tentação imperial, como se fosse possível fundar um reino terreno e daí, com um pequeno salto, alcançar-se o reino de Deus. O comunismo russo, em total consonância com o ideal russo, iniciou-se com a destruição do Estado mas ainda mal tinham acabado de o extinguir e eis que já se dedicavam a reconstruí-lo.
Não tardou que o reino comunista se tornasse mais poderoso do que qualquer outro na história da Rússia. A tentação imperial eclipsara o ideal russo.
Os néscios sagrados não reivindicam o poder imperial neste mundo, só podem usar as vestes de czar como um jugo. Na Rússia, o louco sagrado é um homem de Deus e assassinar um desses seres seria um pecado terrível. Aqui o ideal russo entrou em conflito com a concepção do Estado. Um czar deste mundo não corresponde a um homem de Deus.
"Ivan, o Terrível", o último filme de Einseinstein, tornou-se o derradeiro filme do ideal russo. Este filme é o filme que liga duas eras do cinema russo. O ideal russo passa a segundo plano, a concepção do Estado ganha importância, mas isso é outra história da história do cinema.
O Festival Internacional de Cinema de Moscou(em russo: Моско́вский междунаро́дный кинофестива́ль)
é um festival internacional decinema realizado na cidade de Moscou, na Rússia, desde 1935. é o segundo mais antigo do mundo, logo depois do Festival de Veneza. Desde 2000 se realiza anualmente em junho. Nikita Mikhalkovpreside o festival desde 2000.
Características
Premiação
O prêmio máximo do festival é o São Jorge de Ouro, estatueta de São Jorge lançando o dragão, reprodução da imagem que se encontra no escudo de armas da cidade. Recentemente se instaurou também o Premio Stanislavsky para homenagear aos atores destacados que visitam o festival.
Curiosidades
O filme 8½, de Federico Fellini, fez sua estréia oficial nesse festival e levou seu prêmio máximo.
O site List Universe publicou uma lista com os melhores filmes russos de sempre.
O site List Universe publicou uma lista com os melhores filmes russos de sempre.
December 30, 2009 |
The realm of Soviet cinema is woefully underrepresented here on Listverse, and is in general not as well known as Italian or French cinema. The Soviet Central Government primarily viewed film as a way to control the masses, and employed censors to make sure films adhered to party policies of social realism. That being said, many directors risked severe punishment in order to produce films that might not fit with official party lines, but were important nevertheless. I have only highlighted one film per director, but where possible I have included their other notable works. The list, in no particular order:
Outskirts
1933
Boris Barnet’s first sound film is an underrated classic. The plot is set in 1914, and revolves around a German prisoner of war who is sent to a remote Russian village. The story is told in a series of episodes that depict the lives of the villagers as well as the soldiers on the front lines, as they deal with the war and the coming revolution. The colorful characters and impressive use of sound make this a must see for any fan of 1930’s cinema. Other works by Barnet include The Girl with the Hat Box and By the Bluest of Seas.
Man with a Movie Camera
1929
Director Dziga Vertov paved the way for cinéma vérité, or ‘truth cinema’ (think Woodstock, Hoop Dreams, and countless other documentaries) as a style of filmmaking, and nowhere is this more evident than in his experimental film Man with a Movie Camera. A film with no plot and no actors, Vertov attempts to show Soviet citizens at work and at play through the unfiltered lens of his camera. Vertov employed numerous techniques, including extreme close ups and tracking shots, to demonstrate his belief that film could go anywhere. The original release was silent and was accompanied by live music in theaters, since then various soundtracks have been added on (the soundtrack of the version on Netflix is very good – the one in the clip above is by Michael Nyman). Other works by Vertov include his Kino-Pravda newsreel series and Three Songs About Lenin.
Earth
1930
The third film in Alexander Dovzhenko’s “Ukraine Trilogy” (along with Zvenigora and Arsenal), Earth is a symbolic silent film that deals with life, death, sex, violence, and other issues in a Ukrainian farming village. The farmers have to deal with greedy Kulaks (wealthier peasants), industrialization, and collectivization as their way of life is drastically changed. Dovzhenko’s use of montage is well done, and his ambiguity concerning the Soviet Revolution not only got him in trouble with the censors, but makes his film that much more important. Along with the other two movies of the Ukraine Trilogy, Dovzhenko is known for Ivan and Aerograd.
Storm Over Asia
1928
Like Earth, Storm Over Asia is a silent film that forms part of a trilogy. Vsevolod Pudovkin’s “Revolutionary Trilogy” consists of Mother, The End of St. Petersburg, and Storm Over Asia; while all three are considered masterpieces and would have been suitable for this list, I personally enjoyed Storm Over Asia the most. The story takes place in 1918 and focuses on a Mongol herdsman who suffers at the hands of the British occupiers. He joins forces with Soviets fighting the British, is discovered to be a direct descendent of Genghis Kahn, and eventually leads a resistance movement to drive the occupiers out of his country. Despite being a propaganda piece, Pudovkin’s use of montage and engaging storyline about the power of the individual make for a great movie.
Shadows of Forgotten Ancestors
1964
One of Sergei Parajanov’s two masterpieces (the other is The Color of Pomegranates), Shadows of Forgotten Ancestors is a highly symbolic, beautiful film. The story is set in the Carpathian mountains, and has been described as a Ukrainian Romeo and Juliet- if Romeo had lived after Juliet’s death. Ivan falls in love with Marichka, the daughter of the man who killed his father. As his mother’s only surviving child, he leaves the village to work as a hired laborer and provide for her. However, before he can return to Marichka, she falls to her death while attempting to rescue an errant lamb. The story then follows Ivan through his descent into despair, marriage to the sensual Palagna, and Palagna’s inevitable betrayal. The film is shot in the Hutsul dialect and portrays Hutsul life and culture. Parajanov’s mesmerizing camerawork and color palette make this movie unforgettable.
The Cranes are Flying
1957
This film won the Palm d’Or at the 1958 Cannes Film Festival, one of only two Soviet films to do so. Mikhail Kalatozov’s anti-war movie depicts the trauma and suffering the average Soviet citizen went through during WWII. Veronica and Boris are happily in love, until the war tears them apart. Boris is sent to the front lines, and everyone quickly loses touch with him. Meanwhile, Veronica tries to ward off existential despair while Boris’ draft-dodging cousin, who is in love with her, makes increasingly forceful advances. The Cranes are Flying is a superb drama; Kalatozov’s other famous work, I Am Cuba, has previously been featured on Listverse and is also great.
War and Peace
1968
The only movie on this list I haven’t seen, but I felt it deserved a place here if only because of the sheer enormity of the project. The film took seven years to shoot, at a cost of over $100 million (with inflation taken into account it would cost over $700 million today, making it the most expensive film ever made). The original Soviet release was in four parts, totaling 484 minutes (8 hours!); subsequent releases shortened the film somewhat. According to the Guinness Book of World Records one battle scene used 120,000 soldiers, making it one of the largest battles scenes ever filmed. Sergei Bondarchuk’s epic was nominated for two Academy awards, winning one of them and a Golden Globe in the category of Best Foreign Language Film in 1969.
Come and See
1985
Definitely not for the faint of heart, Elem Klimov’s Come and See is a psychological war movie that makes Apocalypse Now look like child’s play. Florya, a young Belorussian boy, eagerly signs up to fight the Nazis invading his homeland during WWII. As the film progresses, he witnesses horror after horror as his naïve eagerness to fight gives way to disgust at the chaos around him. The visual and sound effects are amazing, and the acting is terrifyingly good. Brutal and unflinching, Come and See is probably the war movie that comes closest to accurately depicting the phrase “War Is Hell”.
The Battleship Potemkin
1925
The movie that put Soviet Cinema on the map, Sergei Eisenstein’s The Battleship Potemkin is routinely cited as one of the most influential propaganda films of all time, and was even named the greatest film of all time at the World’s Fair in Belgium in 1958. The movie presents a dramatized version of the rebellion in 1905 when the crew of the Potemkin revolted against their Tsarist officers, and is often seen as an initial step towards the Revolution of 1917. One of Eisenstein’s many masterpieces, along with Strike, October, Que Viva Mexico, Alexander Nevsky, Ivan the Terrible Part I, and Ivan the Terrible Part II.
Solaris
1972
The film that inspired this list, Andrei Tarkovsky’s Solaris is a science fiction classic, and is one of my favorite movies. Psychologist Kris Kelvin is sent to a space station orbiting the planet Solaris, in order to check up on the crew and evaluate the mission, which has stalled because of the crew’s emotional stress. Once Kelvin reaches the station, he begins to experience strange hallucinations. The narrative moves slowly at times, but there is no denying the skill with which Tarkovsky deals with complex issues such as religion, humanity, and the nature of consciousness. Natalya Bondarchuck’s acting is also superb. Tarkosvky’s other films include Ivan’s Childhood, Andrei Rublev, The Mirror, Stalker, Nostalghia, and The Sacrifice.